quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

AVALIAÇÃO DA ACÇÃO DE FORMAÇÃO...

Tenho em mente que uma acção de formação é sempre positiva. Sou um incondicional apoiante deste modelo.
Como já referi em comentário anterior, os conteúdos desta acção é que pela sua novidade a tornaram um pouco mais difícil de desenvolver. Mas como o tempo provou, foi muito útil para todos. Claro que se existiram constrangimentos para os formandos, também devem ter existido para os formadores. Penso que apesar de tudo o tempo foi curto para ambas as partes e os formandos não entenderam o porquê da urgencia.
A metodologia de apresentação final dos trabalhos, também merece um comentário. Apoio totalmente o modelo e felicito os formadores pela ideia. No entanto e como se veio a verificar muitos dos formandos não dominavam esta ferramenta (blog), a exigir que também tivesse havido uma pequena informação específica para tal. Mesmo os formandos com mais conhecimentos apresentaram algumas dificuldades, como eu próprio senti na publicação de uma tabela extensa.
Por último, não conseguimos perceber a razão porque sendo basicamente todos os formandos do concelho de Sintra, as sessões presenciais terem de ser efectuadas a mais de 30 km das escolas, em média.
Bom trabalho dos formadores e obrigado.


Carlos Alberto Ferrão Garcia
Agrupamento de Escolas Mestre Domingos Saraiva – Algueirão
16.12.2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Boas Festas e Excelente Ano de 2010, para aplicar os novos conhecimentos...


O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (PARTE II)

Correspondência da Colega Luisa Cabrita... MONTELAVAR.

Colega Carlos Garcia,

Apesar das muitas horas em frente ao computador, só hoje, dia 14 de Dezembro (!) vi o seu comentário/pretexto.

Montelavar tem BE há 21 anos; agora está muito renovada.

Apareça quando lhe apetecer. A aldeia continua no mesmo sítio embora com grandes transformações. Será com prazer que o receberei para trocarmos ideias sobre pontos fracos, fortes, acções para a melhoria.

Depois desta super formação ninguém nos pára!

Respondendo à sua deixa "Boa Formação" posso afirmar que foi muito boa apesar de apressada, como todos sabemos.

Luísa Cabrita

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Distinguir os enunciados gerais de específicos...

3. Reforçar o trabalho articulado,
constituindo numa primeira fase (Setembro de ....) uma equipa coordenadora, que numa segunda fase reunirá com os Chefes dos Departamentos (Outubro de ...) para posteriormente apresentar aos Orgãos Directivos ( Novembro de ...) todo o programa de actuação.

A equipa coordenadora deverá também construir uma Ficha de Desenvolvimento de Projecto, que será "picada" à medida que as ocorrências se verificarem.

Trimestralmente a equipa coordenadora realizará uma reunião com os Chefes dos Departamentos, para acertar estratégia.

A Ficha de Desenvolvimento de Projecto deverá conter os seguintes itens:

-Identificação e contactos dos responsáveis.

-Propostas/estratégias individualizadas dos seus membros e sua exequibilidade.

-Verificação da realização das respectivas propostas/estratégias no tempo.

-Registo das conclusões registadas trimestralmente na reunião plenária.



4. Reforçar a produção de instrumentos de apoio a ser usados por professores e alunos.

Resultante do apontado anteriormente, constituição de uma equipa coordenadora, deverão ser preparados dois dossiers durante o primeiro trimestre do ano lectivo:

Um deverá conter referências bibliográficas nos vários suportes, para apoio a professores e apoio a alunos.

Outro fichas de trabalho:

promoção de actividades;

controlo;

inquéritos.

Melhorar os enunciados mais descritivos 2...

1- Foi recolhida informação dos departamentos sobre a colecção da BE.

O Departamento de Línguas sugeriu a aquisição de um conjunto de obras de extrema importância e aplicação no Plano Nacional de Leitura, que veio alterar a estratégia estabelecida no desenvolvimento deste projecto no Agrupamento.



3- Iniciativa de um projecto (parceria com a Câmara Municipal) de âmbito nacional. Resultante da ligação às entidades envolvidas este projecto permitirá avaliar com melhor precisão os hábitos de leitura nos estudantes do Agrupamento.


5- Horário da BE cobre todo o tempo de abertura da escola.

Permitindo também abranger os alunos do CNO, que com muita assiduidade frequentam a Biblioteca e os serviços do Centro de Recursos.


7- A BE disponibiliza guiões de pesquisa baseados no modelo Big6.

Estes guiões têm sido muito úteis para o desenvolvimento de aulas de Estudo Acompanhado, no entanto necessitam de melhor divulgação junto da comunidade escolar.

Identificação dos enunciados 1...

1- Foi recolhida informação dos departamentos sobre a colecção da BE.

DESCRITIVO


2- A BE promove sistematicamente mecanismos de avaliação cujos resultados são utilizados na planificação do trabalho.

AVALIATIVO


3- Iniciativa de um projecto (parceria com a Câmara Municipal) de âmbito nacional.

DESCRITIVO


4- Aproximação estimulante às famílias e seu envolvimento no projecto da BE, com o projecto “Leituras em família”.

AVALIATIVO


5- Horário da BE cobre todo o tempo de abertura da escola.

DESCRITIVO


6- A actualização do material informático não corresponde às necessidades dos utilizadores (professores, alunos).

AVALIATIVO


7- A BE disponibiliza guiões de pesquisa baseados no modelo Big6.

DESCRITIVO

COMENTÁRIO CRÍTICO À PRESENÇA DE REFERÊNCIAS A RESPEITO DAS BE NOS RELATÓRIOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA

TENDO POR BASE A AMOSTRA DE RELATÓRIOS DE AVALIAÇÃO EXTERNA QUE ELEGEU, FAÇA UMA ANÁLISE E COMENTÁRIO CRÍTICO À PRESENÇA DE REFERÊNCIAS A RESPEITO DAS BE NESSES RELATÓRIOS.

Tarefa relativamente monstruosa à partida, mas de facto muito facilitada após leitura atenta de dois ou três relatórios ao acaso. E facilitada só pelas referências, não pela necessidade de ler os relatórios claro.
Em relação ao exercício proposto, decidi observar 3 relatórios por ano ( 2006,2007,2008) e de diferentes pontos do País ( Vialonga, Sintra, Rio Maior – 06; Gondomar, Faro, Alandroal – 07 e Abrantes, Oeiras, Amora -08).
A amostra, claro corre imensos riscos, dado que o número de relatórios da IGE é enorme, fundamentalmente para tecer comentários críticos e análises.
No que respeita ao contexto e caracterização geral da escola, as bibliotecas têm poucas referências em particular. Mas quando aparecem são ou pela positiva ou pela negativa, os dois extremos ainda encontramos. Boas condições, más condições e falta de acervo e meios. Provavelmente será uma situação que na maioria esperamos esteja resolvida. Pelo menos nos últimos anos o investimento foi grande.
Quanto a projecto educativo, o PNL é aparentemente uma realidade na maioria, quanto a resultados do mesmo é que não encontramos.
Na organização e gestão da escola, atribuir à Biblioteca o centro nuclear, não encontrei. E ela tem de ser de facto um sector de enorme reconhecimento.
No que diz respeito à ligação com a comunidade, verificamos em alguns casos iniciativas de impacto, como por exemplo o “Sarau de Leitura”. Numa das escolas as actividades da BE eram mesmo referência.
Quanto ao clima e ambiente educativo, referências elogiosas em relação ao modelo de organização, só numa escola.
Por último quanto a resultados, ao nível de auto-avaliação não encontrei referências ao nível de projectos e suas implicações no sucesso educativo. Curioso também que num dos relatórios nem uma referência à BE se encontra.
A terminar, espero que esta mini, mesmo mini reflexão não seja a média nacional. A entrada do PB vem ajudar muito aqui. Mas a sua formação deve ser repensada. É que colocar uma biblioteca a funcionar tem mais de educação e menos de especialidade, na minha opinião. Trazer bibliotecários para as escolas não é tudo. As bibliotecas fazem-se com professores em primeira instância, com gestores de recursos em segunda instância e com técnicos bibliotecários em terceira. É uma opinião e vale o que vale.
Carlos Garcia
7.12.2009

O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (CONCLUSÃO)


segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: metodologias de operacionalização (Parte I)

b)
Escolha no Domínio/Subdomínio seleccionado dois Indicadores, um que considere de Processo e outro que considere de Impacto/Outcome, e analise-os detalhadamente.
Indicador de Processo:
C.1.2 – Dinamização de actividades livres, de carácter lúdico e cultural na escola/agrupamento.

Parece-me ser um indicador de processo pois abrange uma área de actividades e serviços.
Penso que será uma área importante quando pretendemos uma Biblioteca interventiva, colaborativa e atractiva para toda a comunidade escolar. Este indicador passa muito actualmente sobretudo por parcerias regulares com os diferentes Departamentos, mas também com os diferentes órgãos e membros da comunidade educativa. Os pais e familiares podem ser aqui uns parceiros importantes, as bibliotecas municipais também e obviamente os outros órgãos da escola (direcção, pedagógico, conselho geral). Mas na comunidade educativa ainda poderemos encontrar parceiros muito importantes, como por exemplo, associações culturais, desportivas, artísticas. O horário alargado da biblioteca é um factor a considerar. Penso que as parcerias são importantes, porque os alunos actualmente têm no seu horário muito poucos ou quase nenhuns tempos livres. Longe vão os tempos em que por não haver aulas os alunos iam para a biblioteca sem orientação. Agora de uma forma geral os alunos estão sempre enquadrados pelo que a dinamização de actividades passará sempre por projectos a levar a efeito com alguém.Com as diferentes disciplinas, com o estudo acompanhado, com as aulas de substituição. Por exemplo o PNL é na minha escola trabalhado preferencialmente no estudo acompanhado e tem um sucesso extraordinário. As comemorações de datas estão a ser trabalhadas com as diferentes disciplinas. Em complemento a biblioteca organiza para os intervalos lectivos um torneio de Xadrez e promove torneios de Jogos Pedagógico-Didácticos, como o Jogo do 24 por exemplo. Ou seja os alunos acabam por encontrar na biblioteca um conjunto de propostas de actividades que valorizam e contribuem para o seu processo educativo. Boas parcerias, boa comunicação, e sobretudo boa informação geral para a comunidade educativa são aqui também determinantes.


Indicador de Impacto:
C.1.3 – Apoio à utilização autónoma e voluntária da BE como espaço de lazer e livre fruição dos recursos

Escolhi este indicador, pois parece-me ser de grande benefício para os utilizadores. Ainda assim e na sequência do atrás citado os alunos vão procurar apoio para trabalhos que têm de realizar e sempre utilizam os recursos, se existirem, muitas vezes como actividades de lazer. Torna-se importante referir neste indicador três pontos fundamentais: 1- O Regimento Interno / Regulamento de utilização. Documento que deverá ser do conhecimento de toda a comunidade escolar. Documento a ser trabalhado no inicio do ano lectivo e que deverá estar sempre disponível. 2- Identificação do espaço, meios e materiais. Clareza nas identificações, facilidade de movimentação, controlo total de toda a utilização. 3- Guia do Utilizador da biblioteca. Documento que pode ser trabalhado com os departamentos de línguas ou estudos sociais e que deverá depois também ser trabalhado nas diversas áreas e disciplinas do plano curricular. Para que tudo isto decorra de uma forma estável e formativa é muito importante que os Assistentes Operacionais destacados no sector possuam formação adequada, bem como em alguns casos os professores que também trabalham a tempo inteiro nas bibliotecas. Rigor, exigência, clareza na intervenção, intervenção pedagógica adequada ( um aluno do 5ºano não pode ter a mesma abordagem que um aluno do 9ºano) são questões muito importantes a ter em conta. A juntar a tudo isto acrescento ainda responsabilização. Os recursos de uma biblioteca são actualmente muito caros pelo que o sentido de responsabilização dos utilizadores deverá estar sempre em primeiro lugar. Outro ponto a considerar é também o mobiliário específico. A utilização da biblioteca como espaço de lazer exige mobiliário confortável e adaptado à actividade. Algumas bibliotecas têm fortes lacunas neste ponto. Se o espaço para ler um livro não for apelativo o aluno só lá vai quando é obrigado a tal. E falando em espaço, todos sabemos as recomendações oficiais, mas a realidade é que muitas vezes as bibliotecas crescem em recursos e os espaços não. Actualmente sinto isso na minha biblioteca. Temos mais recursos informáticos, as prateleiras de livros estão a crescer, temos mais recursos tecnológicos (jogos, dvds) mas o espaço físico continua a ser o mesmo. Ainda estamos bem, mas não faltará muito para não cabermos. Estamos a chegar aos 8000 títulos em todos os formatos. Gostaria ainda de referir que neste indicador considero também importante um trabalho que vamos fazendo com as Artes Visuais que tem a ver com a Identidade Corporativa, ou seja a identificação uniforme e fácil de espaços e recursos e a valorização do espaço físico, com a criação de ambientes acolhedores.

c)

Estabeleça um Plano de Avaliação em profundidade daqueles dois Indicadores:
(a desenvolver na biblioteca da escola sede EB 2,3)

8 SEMANAS DE TRABALHO – 10 PASSOS

1ªFase

Constituição do Grupo de Trabalho que irá desenvolver o processo (Professor Bibliotecário, Assistente Operacional, Professor da Equipa, Representante dos Encarregados de Educação). Constituição de um sub-grupo de trabalho para tratamento e apresentação dos dados recolhidos (Professor Bibliotecário, Docente de matemática).

2ªFase

Definição nos indicadores dos factores críticos de sucesso e evidências.
Construção de documento de apresentação a levar à Direcção e Conselho Pedagógico / Departamentos. Informação geral dos procedimentos a levar a efeito, bem como definição de calendarização.

3ªFase

Construção do inquérito de recolha de informação.

4ªFase

Selecção de população alvo e informação junto da mesma dos procedimentos.

5ªFase

Recolha de dados.

6ªFase

Tratamento dos Dados e elaboração do documento de apresentação final.

7ªFase

Apresentação dos resultados em Conselho Pedagógico e recolha de opiniões de melhoria.

8ªFase

Apresentação de toda a documentação no Conselho Geral

9ªFase

Publicação na webpage do Agrupamento.

10ªFase

Renovação de todo o processo na perspectiva da continuidade do mesmo.


A ter em conta:

C.1. Actividades Livres, Extra-Curriculares e de Enriquecimento Curricular

QA3 – Questionário aos alunos Data: _____/_____/_____


1. Identificação: M  F 

2. Frequento o seguinte ano escolaridade:
1º  2º  3º  4º  5º  6º  7º  8º  9º  10º  11º  12º 

3. Com que frequência costumas usar a BE fora do período de aulas?
3.1. Todos os dias 
3.2. Uma ou duas vezes por semana 
3.3. Uma ou duas vezes por mês 
3.4. Uma ou duas vezes durante cada período 
3.5. Muito raramente e de forma e irregular 
3.6. Nunca

Se respondeste Nunca, indica o motivo e termina aqui a tua participação neste Questionário:
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4. Com que objectivos mais utilizas a biblioteca fora do período de aulas?
(podes assinalar uma ou várias hipóteses)

4.1. Requisitar livros ou outros materiais para casa 
4.2. Ler o que me apetece 
4.3. Jogar 
4.4. Ver um filme 
4.5. Ouvir música 
4.6. Utilizar a Internet 
4.7. Conviver/Conversar com outros colegas 
4.8. Estudar ou realizar trabalhos 
4.9. Fazer os trabalhos de casa 
4.10. Participar em Actividades Extra Curriculares: Clubes, Projectos, etc 
4.11. Ter as Actividades de Enriquecimento Curricular (1º CEB): Apoio ao Estudo, Música, Inglês, Expressões, etc 
4.12. Outro: …………………………………………………………………………….. 
5.Qual a tua opinião geral sobre as actividades culturais dinamizadas pela BE? (Exposições, Espectáculos, Palestras, Debates, Sessões de Poesia, Teatro, Concursos, Celebração de Efemérides, Ciclos de Cinema, etc.)

5.1. São numerosas, diversificadas e interessantes 
5.2. São numerosas e diversificadas mas pouco interessantes 
5.3. São interessantes, mas raras e pouco variadas 
5.4. São raras, pouco variadas e desinteressantes 
5.5 Geralmente não tenho conhecimento das actividades da BE 

5. Quais são as tuas opiniões sobre a BE?

6.1 Consideras o horário da BE adequado aos teus interesses e necessidades? Sim Não
6.2 Achas que o espaço da BE é agradável e atractivo para os alunos?  
6.3 Achas que o ambiente da BE é calmo e favorável à utilização ao mesmo
tempo por vários alunos e grupos em actividades diferentes?  
6.4 Achas que é fácil encontrar os documentos de que precisas na BE?  
6.5 Achas que os livros da BE são actuais e de acordo com os teus interesses?  
6.6 Gostas dos CDs, DVDs e Jogos que a BE põe ao teu dispor para aí ocupares
os teus tempos livres ou requisitares para casa?  
6.7. Consideras que os computadores da BE são em número suficiente?  

7. Participas em algum Clube, Projecto ou Actividade Extra Curricular relacionada com a BE? (Jornal, Clube de Rádio, Clube de Fotografia, Oficina de Escrita Criativa, Clube de Leitura, Núcleo de “Amigos da Biblioteca”/Monitores, etc.)
Sim  Qual?_____________________________ Não 

8. Consideras que a BE contribui para desenvolver a boa convivência, o espírito de iniciativa e de entre-ajuda e a auto-confiança dos alunos?
Nada  Um pouco  Muito 


9. Completa as frases:

5.1. A BE seria melhor se __________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5.2. Usaria mais a BE se __________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5.3. A melhor coisa da BE é __________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Comentário da Colega Margarida Matias...

Colega Carlos Garcia,
Tomei a liberdade de ler o seu trabalho que é feito tendo como ponto de referência a sua escola que é uma EB2,3.
Como professora de 1º Ciclo ao ler este trabalho apercebo-me como nós no nosso nível de ensino ainda temos de percorrer um caminho bastante “sinuoso” onde vamos enfrentar bastantes obstáculos. Nós deparamo-nos no dia-a-dia com muitos entraves que são resultado das nossas práticas muito viradas para o “nosso mundo”, os “nossos alunos”, esta maneira de lidar com eles é reflexo de anos e anos de ensino “centralizado e expositivo” levado a cabo nas nossas escolas do 1º ciclo, a qual não tenhamos ilusões será muito difícil de alterar. Se pensarmos todos um pouco chegamos à conclusão que é muito mais cómodo viver na primeira situação do que na segunda que exige uma constante reflexão sobre as nossas práticas, para a partir desta as melhorar e alterar. Por isso todas as actividades e projectos que são postos em execução por nossa iniciativa sofrem alguns “ataques” que têm origem muitas vezes nos outros mas nós próprios, com a nossa inércia e no nosso isolamento deixamos germinar, desenvolver e abafar as nossas “sementeiras” que procuram levar os alunos a melhorar as suas capacidades no domínio da leitura e da escrita. Tudo está na génese das coisas, uma vez que temos as iniciativas mas não temos o hábito de registar as evidências e muito menos o resultado da aplicação destas na melhoria do nível das competências dos nossos alunos.Por isso é sempre bom ler outros trabalhos sobre o mesmo tema e ver a diferença entre um “professor bibliotecário” que já sabe salvaguardar aquilo que faz, e outro neste caso outra que tem de aprender muito neste capítulo e a quem a aplicação do Modelo de Auto-Avaliação irá ajudar a sistematizar melhor o seu projecto e o seu PAA e a melhorá-los a partir da análise e reflexão das suas práticas na biblioteca, tornando-a cada vez mais um pólo de “novas aprendizagens” e não um espaço que os outros utilizam, sem conhecer muito bem.
Obrigada pelo seu contributo.
Continuação de bom trabalho
Margarida Matias

REALIDADE DA MINHA ESCOLA...

FORMAÇÃO AUTO-AVALIAÇÃO BIBLIOTECAS
Tarefa 2
A integração do processo de auto-avaliação no contexto da escola é crucial.
A ausência de práticas de avaliação e também de uso estratégico da informação recolhida no processo de planificação e de melhoria tem estado igualmente ausente das práticas de muitas bibliotecas.
Integrar o processo de auto-avaliação no processo de avaliação interna e externa da escola requer, também, envolvimento e compromisso da escola/ órgão de gestão e uma liderança forte da parte do coordenador.
1 – Faça uma análise à realidade da sua escola e à capacidade de resposta ao processo e identifique os factores que considera inibidores do mesmo.
O Centro de Recursos da Escola EB 2,3 MESTRE DOMINGOS SARAIVA é uma peça da “máquina” educativa do estabelecimento de ensino em primeiro lugar e do Agrupamento em segundo. Peça determinante e com grande influência na Gestão dos Recursos ( humanos e materiais) com enormes preocupações ao nível da QUALIDADE:






Dado que se trata de um projecto, que foi construído como tal, ou seja respeitou as normas de elaboração, obviamente incluiu uma permanente e constante avaliação.
Durante alguns anos não existiram orientações nem referências nesta área para o trabalho desenvolvido no CR. Daí termos criado internamente desde 2002 aquilo que designámos como CQQ (Comissão de Controlo de Qualidade).
Esta Comissão, onde estavam representados os diferentes actores da comunidade escolar reunia regularmente para analisar quer os resultados dos inquéritos e elaborar a sua apresentação ao Conselho Pedagógico, quer o retorno que daí voltava com as respectivas indicações.
A CCQ actuou em vários campos e também ao nível da BE/CR pelo que a título de exemplo gostaríamos de salientar dois ou três campos que sofreram alterações resultantes dessa auto-avaliação:
- aquisição de materiais;
- alterações de horário;
-desenvolvimento de actividades.
Como se pode observar campos decisivos para o projecto a desenvolver.

Vejamos um extracto de um dos relatórios enviados ao Conselho Pedagógico que visava essencialmente o horário, a utilização e o grau de satisfação:

“...
12. Avaliação da Comissão de Controlo de Qualidade
Comissão de Controlo de Qualidade GQ/003.0
Centro de Recursos

113 Utilizadores inquiridos ( Docentes e Alunos)

Horário
57% concorda com o estabelecido
40% propõe alargamento

Utilização
(Alunos) - 56% estudam e lêem
64% estudam, lêem e utilizam materiais para entretenimento ( net e jogos)
(Docentes) – Consulta Internet 52%,
Pesquisa Bibliográfica 62%,
Requisição de materiais 76%


Grau de Satisfação do Sector -
75% Bastante satisfeitos ( Corpo Docente 81%)
20% Não satisfeitos:
Espaço limitado em alguns sectores
Horário
Alguns serviços pagos.

A CCQ propõe a revisão do horário, sobretudo a utilização do período da hora de almoço também.”

Desta intervenção resultou a entrada de mais um Assistente Operacional para o CR e o consequente alargamento do horário.
O Agrupamento de Escolas do Algueirão / MDS está de momento organizado para dar continuidade ao processo integrando o novo modelo de auto-avaliação.

2 – Delineie um plano de acção que contemple o conjunto de medidas necessárias à alteração da situação e à sua consecução com sucesso.
Resultante do atrás exposto, as alterações a produzir vão no sentido de integrar e adoptar o novo modelo e dar continuidade ao trabalho. Provavelmente o plano de acção seguirá os seguintes procedimentos:
0. Formação específica do Professor Bibliotecário.
1. Apresentação à comunidade escolar do projecto de intenções em acção de formação/informação de 1 dia.
2. Integração do Professor Bibliotecário na Equipa de Autoavaliação do Agrupamento.
3. Constituição da Equipa de Autoavaliação específica do Centro de Recursos.
4. Elaboração do quadro de procedimentos.
5. Calendarização de actividades.
6. Publicação e discussão dos resultados em acção de formação/informação de 1 dia.

Procedimentos
PLANEAMENTO
0 Outubro a Dezembro de 2009
1 Janeiro de 2010
2 Ao longo do ano lectivo
3 Janeiro de 2010
4 Outubro a Dezembro de 2009
5 Março a Maio 2010
6 Junho 2010

Carlos Alberto Ferrão Garcia
16.11.2009

MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES

O sucesso da Biblioteca Escolar acenta em vários factores, mais ou menos decisivos e que se torna imperioso numa primeira fase identificar.
Quando implementamos um projecto, normalmente estabelecemos metas. Mas também identificamos a situação, definimos um percurso, estabelecemos parcerias... e avaliamos para progredirmos.
Importante também não é só construirmos uma boa base. Temos também de conhecer o topo do edifício semelhante.
O percurso que vai da base ao topo exige um controlo permanente e aqui entra a avaliação. Neste caso a auto-avaliação.

Aqui pela minha Escola/Agrupamento a BE ou CRE é efectivamente o centro de tudo, e quando não é... ela torna-se... .
Ora sendo o centro de tudo exige uma permanente avaliação. Os parceiros são todos, a massa crítica é humana e como tal a mais difícil de moldar.

A auto-avaliação, parece-me uma metodologia correcta de melhoria. No Centro de Recursos da MDS já a fazemos à muito tempo. Claro que se torna importantíssimo uniformizar critérios e princípios de actuação, para podermos ter os termos de comparação que nos permitem progredir também.

“Torna-se de facto relevante objectivar a forma como se está a concretizar o trabalho das bibliotecas escolares, tendo como pano de fundo essencial o seu contributo para as
aprendizagens, para o sucesso educativo e para a promoção da aprendizagem ao longo da vida. Neste sentido, é importante que cada escola conheça o
impacto que as actividades realizadas pela e com a Biblioteca Escolar vão tendo no processo de ensino e na aprendizagem, bem como o grau de
eficiência dos serviços prestados e de satisfação dos utilizadores da BE. Esta análise, sendo igualmente um princípio de boa gestão e um instrumento
indispensável num plano de desenvolvimento, permite contribuir para a afirmação e reconhecimento do papel da BE, permite determinar até que ponto
a missão e os objectivos estabelecidos para a BE estão ou não a ser alcançados, permite identificar práticas que têm sucesso e que deverão continuar e
permite identificar pontos fracos que importa melhorar.”

Integrar este processo de avaliação no processo de avaliação geral do Agrupamento é tarefa que não pode nem deve ser esquecida.

Quanto ao “novo” Professor Bibliotecário, atrever-me-ia a dizer que ele funciona ou deverá funcionar agora como o treinador de uma equipa profissional de futebol. Ele é um gestor de recursos... humanos e materiais. E se não domina todos os campos deverá fazer-se rodear das pessoas competentes para tal, nas diferentes áreas. E numa biblioteca ou Centro de Recursos, embora não pareçam são muitas.

WORKSHOP AUTO-AVALIAÇÃO


TABELA MATRIZ


segunda-feira, 2 de novembro de 2009

O Professor Bibliotecário...



Parece-me que o Professor Bibliotecário fundamentalmente tem três áreas a dominar muito bem - literacia, TIC e organização/liderança. Mas penso que não deve esquecer duas fundamentais: as relações humanas e a vocação para o ensino aprendizagem.

A primeira porque este é um serviço de atendimento público. Como costumo dizer aos meus colaboradores, estamos numa "loja" e os clientes para serem conquistados têm de ser bem tratados.
Por outro lado penso que não deixamos de ser professores. Muitas vezes temos de enquadrar garotos na pesquisa, no aconselhamento técnico e isso passa por respeitarmos as suas etapas de desenvolvimento e percebermos também as suas dificuldades e o seu enquadramento. Avaliação por vezes a fazer em breves segundos...

A Biblioteca tem de ser o espaço mais importante da escola, obviamente depois da Direcção. A biblioteca na minha escola sempre foi e será entendida como um centro de recursos e como centro que é, tem de chegar a todo o lado. Tem de se ligar com todos os serviços. Nós chegamos a ser recurso para os serviços administrativos. Portanto não somos só um espaço de aprendizagem, somos um verdadeiro serviço. Por isso estamos organizados em Departamento com uma Direcção. Este é um caminho que trilhamos há 12 anos e que tem resultado.

No nosso centro de recursos/biblioteca:
- Construímos o arquivo. Apoiamos projectos. Organizamos actividades próprias. Gerimos os recursos materiais e os equipamentos. Organizamos formação. Apoiamos salas de aula. Fornecemos meios tecnológicos. Estabelecemos contactos. Gerimos a comunicação interna e externa. Apoiamos a Gestão Comportamental e as Aulas de Substituição.

domingo, 1 de novembro de 2009

Reflexão...

O cargo de Professor Bibliotecário é sem sombra de dúvida determinante para o desenvolvimento do projecto das Bibliotecas Escolares. Sendo um cargo a tempo inteiro como podemos designar no global, vai certamente mudar a visão e a importância da Biblioteca na Escola.

De uma forma geral exercem este cargo maioritariamente professores sem formação especializada para o efeito.

É assim agora importantíssimo apoiar estes docentes.

No entanto, penso que essa formação deveria ocorrer em tempo próprio, mais concretamente nas interrupções lectivas e não em simultâneo com a actividade a desenvolver ao longo do ano.

O calendário anual do Professor Bibliotecário já não pode ser o calendário do docente normal, por várias razões, sendo a sua formação uma delas.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Olá Colegas e Amigos dos Livros e das Bibliotecas...


Este espaço está reservado para as reflexões, sugestões, ideias, pensamentos, trabalhos... tudo sobre os livros e as bibliotecas.